segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Os sintomas do vento despretensioso

que leva imagens às mãos da artista,

transfiguram segundos não percebidos

por olhos treinados apenas pelo senso,

que é comum aos que abandonaram a reflexão.


Enquanto as palavras transbordam,

não importam as percepções descabidas,

sedentas de frases ao acaso dos olhares sem brilho.

Eles não aprenderam a sorrir pelo concreto

que ainda não se firmou.


O instrumento da arte,

vulgo artista,

sabe o que os outros precisam.

Não diz,

os ensina a sentir.


Natália Possas

1 comentários:

Unknown disse...

Só o artista sabe lapidar com paciência a sensibilidade daqueles que ainda não foram doutrinados a lidar com as percepções incultas. Ele é motivador de esperanças, da busca pelas outras dimensões do conhecimento, das dimensões da vida que ainda não foram ensinadas, que não foram descobertas, talvez, nem por ele próprio.