quarta-feira, 9 de março de 2011

O sol abriu espaço na nuvem gigante em cima da janela. No meio fio, as crianças aprendiam a se equilibrar. Do outro lado, o cachorro chamava o dono emprestado, que nunca o alimentava. No caminho pra onde o movimento acontecia, o ritmo estava mais lento. Havia menos pés, menos direções. O cheiro era da chuva que passou. O som desacelerava o compasso, e as frases dessa vez eram em uníssono.

Essa foi a minha ida ao banco, na quarta-feira de cinzas.

Natália Possas