domingo, 10 de junho de 2012

Palavras sem nome

Preciso mergulhar nas minhas verdades, que eu criei sabendo ser o certo. Cansei de verdades impostas pela raiva de quem não sabe o que diz, nem o que faz. Mas se delicia com o desespero alheio. Há olhares tão imersos em sensações ruins criadas por e para si que os momentos de paz não sobrevivem. As energias são tão ruins que os olhares não podem sozinhos, eles precisam trazer outros. Mais. Sempre. Imagens com gosto tão ruim que a alegria pede pra ficar a uma distância segura. Esses olhares não sabem mais a importância dos laços de carinho, dos sorrisos despretensiosos. Acho que nunca souberam. Eles precisam machucar a terra limpa que ainda tem muito o que fazer.

Infelizmente há quem não saiba lidar com olhos rancorosos. Eu também não sei. Mas tenho certezas, alma leve por essência, sorriso a postos, vontade e mais vontade, resiliência, olhares bons que me elegeram parte da família. Há tantos olhares que gostam de mim e que me fazem bem. Há tanto mundo e descobertas. Há tanto amor, sorriso e mãos dadas, que o peso de quem não sabe o que é isso não pode chegar.

Nossas vidas e o rumo delas são responsabilidade de cada um de nós, de mais ninguém. Sempre há escolhas. As minhas tem som de gargalhadas e cheiro de amor.

Natália Possas