Por onde
larguei minhas pegadas, ainda não sei.
A frase
é clichê demais
pra eu basear minhas bagunças perdidas nela,
pra eu basear minhas bagunças perdidas nela,
ou
minhas escolhas,
e meus
olhares bons.
Ainda há
tantos que precisam dos clichês.
Ainda há
tantos que nem sabem que precisam de alguma coisa.
Não
quero saber onde larguei nada.
Se
larguei já não importa.
Estou
parando cada vez mais de cultivar certezas,
de
amontoar pronomes, substantivos e adjetivos.
Cansei
de falar,
de
escrever,
e de
perceber um amontoado de coisas
obvias,
inúteis e imbecis sendo tão idolatradas.
Cansei
de ver os adultos se maltratando,
se
entupindo de lixo intelectual e orgânico,
e
deseducando a cada segundo seus filhos.
Cansei
de ver os eufemismos criando bandidos.
Cansei
de burrice escolhida, falta de educação e ego exacerbado.
Cansei
de respirar as sandices unânimes.
Foda-se
pro meu cansaço.
A
indústria precisa progredir
e a
autodestruição em massa não pode parar.
Ainda
bem que existem as religiões, a política, o carnaval, a copa
os culpados,
inocentes,
e as
coisas que ninguém entende, mas que são assim e pronto.
Ao menos
assim, todos podem dormir aliviados e felizes
por ter
onde depositar suas esperanças de um mundo melhor.
Ufa!
Natália
Possas
0 comentários:
Postar um comentário