Nossas permissões contra e a favor são muito maiores do que
imaginamos.
Nossa força sucumbe apenas à perda da vontade de ser,
sentir.
Somos grandes.
Todos nós.
Por isso e apenas por isso
temos energia bastante
pra nos derrubarmos,
pra deixarmos de ser,
pra gerar doenças
e sofrer com as conseqüências de tudo isso.
Simplesmente por não darmos permissão a nós mesmos de nos
ouvir.
Somos cruéis com quem mais deveríamos cuidar... nós.
Não podemos nos preocupar verdadeiramente com os outros sem
cuidar de nós.
Precisamos entender nossas necessidades verdadeiras
e esquecer as fabricadas.
Mas pra isso é necessário quebrar regras, certezas
irrefutáveis e convicções.
O simples não precisa de obstáculos
e somos tão simples,
tão verdadeiramente naturais por essência.
Quebrar nossa essência deveria ser mais difícil
do que acreditar nas certezas fabricadas.
E é.
Por isso nos permitimos tanto sofrimento.
Fazemos um esforço extraordinário pra não sermos nós.
Quanta energia desperdiçada,
quanta fome e gritos dentro de nós,
quanto trabalho na posição errada.
Nos envenenamos porque permitimos isso.
Nos permitimos sentimentos e escolhas ruins,
nos alimentamos da pior forma.
Como alguém que faz tão mal para si quer sem bom com alguém?
Precisamos respeitar e cuidar ao invés de definhar.
Pois é isso que fazemos a cada sorriso vetado.
E a cada suspiro que não foi.
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