Nunca tive o hábito de escrever
sobre ano novo e velho. Na verdade não sou de cultivar hábitos. Prefiro me
render às vontades. Como faço agora, deixando as palavras saírem sem controlar o
que vão ser.
Sei que as pessoas precisam de
regras. Pelo menos a maioria delas. Que de hoje em sempre algumas possam ser quebradas
com o coração leve. Que todos aprendam a escolher suas regras e que elas se
transformem em escolhas e não fiquem mais lá só porque sempre foi assim.
Há tantos valores, posturas e
barreiras aparentemente imutáveis, mas normalmente quem os usa não costuma se
perguntar o motivo. Ele já está na ponta da língua: “porque é assim”. Dessa
forma fica mais confortável, é como se tudo se justificasse, inclusive os
fracassos e as desistências. O rumo é desenhado por nós. Que de hoje em sempre
todos possam assumir suas escolhas e as consequências delas sem frases prontas.
Que os sorrisos sejam largos e sem hora marcada pra terminar.
Quando os olhos se preocupam em
sorrir, o resto do corpo responde sem precisar determinar mais nada.
Julgamentos são apenas definições ínfimas que não cabem em nenhum outro lugar
senão no coração de quem não se permite sentir.
Que de hoje em sempre todos
possam desejar ver os carinhos do dia de ombros relaxados e pés descalços,
permitindo pensamentos deliciosamente desarmados, chamando as atitudes pra
dançar sem pensar em quem assiste.
Feliz novo de hoje em sempre!
Natália Possas
2 comentários:
Natália, que sorte a minha receber sua visita em meu blog. Assim procurei o seu depois do comentário e descobri uma página interessante e com textos gostosos de ler. Parabéns a você também. "Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma"... Uma ótima semana!
Obrigada A.M.A. Parabéns então a nós!
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