Os sintomas do vento despretensioso
que leva imagens às mãos da artista,
transfiguram segundos não percebidos
por olhos treinados apenas pelo senso,
que é comum aos que abandonaram a reflexão.
Enquanto as palavras transbordam,
não importam as percepções descabidas,
sedentas de frases ao acaso dos olhares sem brilho.
Eles não aprenderam a sorrir pelo concreto
que ainda não se firmou.
O instrumento da arte,
vulgo artista,
sabe o que os outros precisam.
Não diz,
os ensina a sentir.
Natália Possas
1 comentários:
Só o artista sabe lapidar com paciência a sensibilidade daqueles que ainda não foram doutrinados a lidar com as percepções incultas. Ele é motivador de esperanças, da busca pelas outras dimensões do conhecimento, das dimensões da vida que ainda não foram ensinadas, que não foram descobertas, talvez, nem por ele próprio.
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