Os sintomas do vento despretensioso
que leva imagens às mãos da artista,
transfiguram segundos não percebidos
por olhos treinados apenas pelo senso,
que é comum aos que abandonaram a reflexão.
Enquanto as palavras transbordam,
não importam as percepções descabidas,
sedentas de frases ao acaso dos olhares sem brilho.
Eles não aprenderam a sorrir pelo concreto
que ainda não se firmou.
O instrumento da arte,
vulgo artista,
sabe o que os outros precisam.
Não diz,
os ensina a sentir.
Natália Possas