domingo, 17 de janeiro de 2010

Simples assim


Bolinhas de sabão. Os meninos falavam que era coisa de menina. Mas Carlinhos adorava se divertir com as bolhas. Ele via que elas refletiam cores, e enxergava o mundo inteiro dentro delas. E não era uma simples brincadeira, mas sim, um jeito de ver o que ele não compreendia. Carlinhos fazia muitas bolinhas, de vários tamanhos, e ficava olhando todas voarem, até o vento beijá-las, pra que pudessem se abrir, e pingar no chão gotinhas de alegria . Essa era a resposta para as coisas que ele não entendia. Não contava pra ninguém, mas, o lugar onde as gotas caíam, era modificado pra sempre: tudo ficava cheio de cor e leve, como as bolinhas de sabão.

Natália Possas

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A praticidade da internet

Aquele e-mail foi decisivo! Mauro disse que não tentaria mais entendê-la. Laís franziu a testa. Ah, e quando ela faz isso... A moça da mesa ao lado foi saindo de fininho, e comentou a cena com um colega do escritório. Outros se aproximaram e a história cresceu. Ninguém sabia do que se tratava, mas no fim do dia, Laís havia recebido vários e-mails com palavras de apoio, dos amigos de trabalho.

Seu dia foi horrível. Por mais que buscasse distração, a frase vinha à cabeça e a raiva tomava conta. Depois, surgiu uma tristeza profunda, sentimento de perda e todos os sintomas de depressão, que ela havia lido numa revista feminina. Ah, segundo a tal revista também, o próximo passo deveria ser a vingança! Então, Laís foi às compras e voltou com um vestido vermelho, com o maior decote nas costas, que ela já tinha visto. Tomou um longo banho, e se arrumou como há muito tempo não fazia. Afinal, o relacionamento estava desgastado. Ela estava decidida: iria para o bar, que os dois sempre freqüentavam juntos, e ficaria com o primeiro cara, mais ou menos interessante que aparecesse.

Quando Laís abriu a porta, Mauro estava acabando de subir as escadas, com um presente nas mãos. Estava lindo, com o perfume que ela amava, como há muito tempo ele não fazia. E antes que ela dissesse qualquer coisa, ele reparou como estava linda, e falou: Que bom que gostou do que eu escrevi! Decidi parar de tentar entender, e aceitar.

Nada como o encontro de olhares.

Natália Possas

sábado, 2 de janeiro de 2010

Parceria

Até pouco tempo, eu não imaginava que poderia escrever poesia. Muito menos, que um dos poemas viraria música. Isso aconteceu pelas mãos do DJ Melk, que tem suas composições incluídas em CD’s de outros DJ's.

O estilo? Hardstyle, um gênero relativamente novo na Europa, e no Brasil. O poema? VIDA, que foi postado neste blog em 13 de dezembro. A música, que leva o mesmo nome do texto, estreou tocada por Bioweapon, na cidade de Eindhoven, na Holanda.




Ah, e quem quer conhecer mais um pouco do trabalho do DJ Melk pode acessar:
palcomp3.com/djmelk e lucasmelk.wordpress.com