domingo, 28 de novembro de 2010

Justificativa

Peço desculpas aos leitores e à todos que visitaram o blog nesse longo período sem novas postagens. Eu estava (e ainda estou um pouco) em uma correria completamente sem tempo pra escrever. Mas, a partir de agora voltarei a atualizá-lo com a mesma frequência de antes!

Estava com saudades de vir aqui!

Um grande abraço a todos!

domingo, 27 de junho de 2010

Encontros

Lá, onde eu não vi,
Lá, onde eu quero,
Lá, onde eu sinto.
Lá, onde a fama é santa...

Equipe em descobertas.
Necessidades em comum dos outros.
Ainda não sabemos.

Olhares que cantam sonhos.
Vontades que alcançam, onde os olhos não tocaram a terra.
Palavras que vão seguir nas mochilas sempre abertas.
Estradas buscando fala nas imagens.
Percepções pedindo experiências.

O que sabemos?
Histórias que a menina contou.
Queremos tanto...
Da montanha, nem graças nem clemências.
Apenas olhares que contam histórias.

Natália Possas

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Bom Dia

O sol saiu tarde. Mas não deixou de clarear o dia. Por alguns instantes, ele aqueceu os sorrisos e fez carinho no rosto de quem estava triste. O vento fez companhia durante toda a tarde. Impulsionava quem estava cansado, e tornava mais leve e elegante o andar de todos.

Lila reclamou do frio. Essa foi sua única percepção naquele dia. Tentou escrever. Isso aliviava um pouco. Nada. Até que saiu um poema. Ela quase apagou, mas estava desmotivada pra isso.

À margem do que eu queria escrever,
Sinto.
Sei que não me quero mais.
Escrevo.
Penso no que sou.
Choro.
Não sou nada.
Agradeço o que tenho.
Tenho mais do que sei.
Tenho mais do que mereço.
Não sei nada.
Não faço.
Não peço.
Não sei.
Tantos merecem...
Tantos não têm.
Desperdício pra mim.

De tardezinha, uma chuva bem fina limpou a poeira das folhas, e dos sapatos de quem passava. Ela temperou a chegada da noite com cheiro bom, de terra seca recebendo o beijo das gotas de chuva.

Lila reclamou do penteado estragado. Esqueceu a sombrinha em casa. Nem era um penteado. Ela só secou os cabelos de qualquer jeito pela manhã. Mesmo assim praguejou a chuva.

A noite convidou o vento de volta. Ele chegou bem de leve, e soprou pertinho de quem estava agitado, pra refrescar, acalmar...

Lila colocou o cachecol. Vestiu o casaco pra espantar o frio. As roupas pesaram sua bolsa o dia todo. Lila mandou embora o vento, e todos os carinhos do dia. Hoje suas percepções estavam encapadas, lacradas. Deu um trabalhão esconder todas, mas Lila conseguiu.

Amanhã o dia vai se aprontar todo, outra vez, e mais quantas for necessário.

Natália Possas

quarta-feira, 17 de março de 2010

Bem necessário


O instante que não acontece mais.
Eternizado...
Registro do momento que foi.
Sentidos...

Lente - olhar.
Técnica - sensibilidade.
Precisão - paciência.
Instante - horas.

O olhar do fotógrafo
Fez o outro sentir arte.
A imagem grita!
Desperta sentido.
Pede atenção.

O instante passou,
Quase ninguém viu.
O fotógrafo sabe...
A foto contou pra ele.

Poema: Natália Possas
Foto: Ramirez dos Santos

domingo, 17 de janeiro de 2010

Simples assim


Bolinhas de sabão. Os meninos falavam que era coisa de menina. Mas Carlinhos adorava se divertir com as bolhas. Ele via que elas refletiam cores, e enxergava o mundo inteiro dentro delas. E não era uma simples brincadeira, mas sim, um jeito de ver o que ele não compreendia. Carlinhos fazia muitas bolinhas, de vários tamanhos, e ficava olhando todas voarem, até o vento beijá-las, pra que pudessem se abrir, e pingar no chão gotinhas de alegria . Essa era a resposta para as coisas que ele não entendia. Não contava pra ninguém, mas, o lugar onde as gotas caíam, era modificado pra sempre: tudo ficava cheio de cor e leve, como as bolinhas de sabão.

Natália Possas

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A praticidade da internet

Aquele e-mail foi decisivo! Mauro disse que não tentaria mais entendê-la. Laís franziu a testa. Ah, e quando ela faz isso... A moça da mesa ao lado foi saindo de fininho, e comentou a cena com um colega do escritório. Outros se aproximaram e a história cresceu. Ninguém sabia do que se tratava, mas no fim do dia, Laís havia recebido vários e-mails com palavras de apoio, dos amigos de trabalho.

Seu dia foi horrível. Por mais que buscasse distração, a frase vinha à cabeça e a raiva tomava conta. Depois, surgiu uma tristeza profunda, sentimento de perda e todos os sintomas de depressão, que ela havia lido numa revista feminina. Ah, segundo a tal revista também, o próximo passo deveria ser a vingança! Então, Laís foi às compras e voltou com um vestido vermelho, com o maior decote nas costas, que ela já tinha visto. Tomou um longo banho, e se arrumou como há muito tempo não fazia. Afinal, o relacionamento estava desgastado. Ela estava decidida: iria para o bar, que os dois sempre freqüentavam juntos, e ficaria com o primeiro cara, mais ou menos interessante que aparecesse.

Quando Laís abriu a porta, Mauro estava acabando de subir as escadas, com um presente nas mãos. Estava lindo, com o perfume que ela amava, como há muito tempo ele não fazia. E antes que ela dissesse qualquer coisa, ele reparou como estava linda, e falou: Que bom que gostou do que eu escrevi! Decidi parar de tentar entender, e aceitar.

Nada como o encontro de olhares.

Natália Possas

sábado, 2 de janeiro de 2010

Parceria

Até pouco tempo, eu não imaginava que poderia escrever poesia. Muito menos, que um dos poemas viraria música. Isso aconteceu pelas mãos do DJ Melk, que tem suas composições incluídas em CD’s de outros DJ's.

O estilo? Hardstyle, um gênero relativamente novo na Europa, e no Brasil. O poema? VIDA, que foi postado neste blog em 13 de dezembro. A música, que leva o mesmo nome do texto, estreou tocada por Bioweapon, na cidade de Eindhoven, na Holanda.




Ah, e quem quer conhecer mais um pouco do trabalho do DJ Melk pode acessar:
palcomp3.com/djmelk e lucasmelk.wordpress.com